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Hercílio de Lourenzi
Presidente do Grupo Escala de Publicações
comunicação - Ed. Escala
Editor de mais de 150 títulos por mês, o empresário Hercílio de Lourenzi saiu do interior de Santa Catarina para se tornar presidente de um dos maiores grupos de comunicação do país. Sua história de vida é a prova de que, com dedicação pelo que se faz, sensibilidade para captar oportunidades e muito trabalho, tudo é possível.
Hercílio foi um garoto de infância simples, viveu no sítio, na pequena cidade de Celso Ramos (SC). Ia descalço até a porta da escola, não gostava de usar chinelos. Aos 12 anos, ingressou no seminário dos padres Paulinos - naquela época, a única maneira de sair de casa dos pais era estudar para ser padre ou virar caminhoneiro. Foi lá que ele teve seu primeiro contato com uma máquina gráfica. Acompanhava atentamente a impressão dos livros religiosos (a missão da congregação paulina é divulgar a religião através dos meios de comunicação social). Ali nasceu sua paixão pelo ofício das tintas e papéis.
Quando deixou o internato, já formado em filosofia, Hercílio mudou-se para São Paulo, motivado pelo sonho de vencer na vida. Para ganhar a vida na cidade grande, usou os conhecimentos que havia adquirido no seminário e conseguiu seu primeiro trabalho em uma gráfica. Depois disso, passou por várias outras empresas do ramo, conheceu pessoas e acumulou know how suficiente para tomar uma importante decisão: ser dono do seu próprio negócio.
Em março de 1992, em sociedade com Ruy Pereira e Carlos Cazzamatta, Hercílio funda a Editora Escala. A partir daí, começa a trajetória do empresário que mudou a maneira de fazer revistas no Brasil.
Quando começou, Hercílio não acreditava que estaria montando uma editora de verdade, afinal, o investimento inicial era pequeno e ele nunca havia vendido revistas. Mas justamente o que poderia ser seu maior obstáculo, tornou-se seu maior diferencial competitivo.
Na época, o empresário teve acesso a uma pesquisa e descobriu que apenas 7% da população freqüentavam as bancas, então ele pensou: "Onde estariam estes outros 93%?" Era lá que ele queria chegar.
Com a estratégia inicial de lançar produtos segmentados e de baixo custo, com vendas focadas no volume, a editora começou a criar canais alternativos para comercializar seus títulos: farmácias, bombonieres, postos de gasolina, lojas e pequenos estabelecimentos comerciais. Na época, tudo o que ganhava era reinvestido. Assim, a fórmula diferenciada do que o mercado conhecia até então começava a dar certo.
